sexta-feira, 18 de março de 2011

O que o homem espera que a terra faça por ele?

Uma borboleta pousou em minha cabeça e um pombo cruzou o seu caminho... E amor, nós lamentamos pelo mundo! E quando penso nisso uma pergunta salta em minha mente: Por que nos importamos? Diga-me, amor, por que nos importamos? A chuva cruzou meu caminho e minha amiga sorriu, nós rimos e eu soube que ela amava tanto a chuva, como eu amava as estrelas do céu. E nós rimos o riso do mundo, o riso de quem achou e esqueceu.

Amor, em dias assim eu penso que gostaria que as coisas fossem fáceis como o soprar do vento, mas às vezes não podemos ter tudo. E o que deveríamos fazer quando isso acontece? Aceitar o pouco que nos resta ou simplesmente desistir da coisa toda? Quem pagaria pelo meu último suspiro? Quem poderia fazer com que a montanha se movesse só para que eu pudesse passar?

E em dias como esse, eu também gostaria de me deitar em seu colo, fumar e rir com você, mas carrego uma sacola de velas e um coração esperançoso e a certeza de que há muita beleza no prazer pela dor. Minha amiga enlouquecidamente sorri. Talvez isso não seja um problema na verdade, talvez isso apenas seja assim como as coisas são... Simples!

Bordaram um céu escuro justamente no dia em que a lua decidiu inchar! Desenharam um quadrado quando eu queria brincar com um círculo. Pintaram minhas linhas e eu as chamei de limites, mas acho que a borboleta só pousa na cabeça de quem está pronto. Eu estaria pronta ou é simplesmente um anjo que decidiu bater em minha porta pedindo por um copo de cerveja?

Minha amiga rolou pelo chão. Querido, sua voz soava mais triste do que estamos acostumados, é impressionante como às vezes sua depressão parece ser a minha, é engraçado como decidimos ser tão iguais em certos momentos... Sabe, querido, será que todos que estão ao nosso redor acompanharam mesmo nossas mudanças? Dizem por aí que quando uma energia muda de vibração fica complicado para a outra energia que a acompanhava antes se adequar também. Nós iremos conseguir? Nós iremos conseguir? Ou só estamos inventando nadar contra a maré porque estamos entediados?

Escuto as gotas de chuva batendo contra o telhado. Acendo mais um cigarro, escrevo mais um amontoado de palavras, jogo fora exatamente aquilo que queria guardar. Amor, tenho um corte novo de cabelo e um quarto incendiado, enquanto deito na cama e toco levemente o lençol penso que só queria que estivesse ao meu lado. E isso é tão tedioso como os romances são, mas é o que eu vivo e eu deitaria uma prece em honra ao amor, se eu já não estivesse rezando toda vez que penso em você.
Descanse, amor, descanse... 
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