domingo, 12 de junho de 2011

Como posso chamar isso?

Escrito em 10/11/2010

Sons, cores, imagens, abstrato...

Procurando minha liberdade me sinto insana, há uma estranheza... São relacionamentos eternos, relacionamentos eternos...

Eles estão ali e existem e sempre existiram, mas você não se dava conta disso, como que se tais relacionamentos já estivessem acontecendo o tempo todo, até que o percebe e então, ele parece uma realidade para você, mas ele já era real antes mesmo de olhá-lo, ou tão irreal que depende da sua credibilidade consciente para existir.

Isso me faz lembrar o giro financeiro, ele existe ainda que eu o desconheça como eu existo ainda que ele me desconheça.

É tão estranho, tão estranho... E é tão normal quanto juntar um monte de letras para formar essa frase, tão atual como o jornal de hoje, tão devastador quanto à tempestade que desabava do lado de fora quando isso me tocou.

E sinceramente isso muitas vezes parece querer não fazer sentido. “Não espere uma resposta rápida” – ele me disse: “Eu só estou tentando dar um sentido intelectual para isso” – eu repliquei. E por algum motivo muito profundo, algum motivo realmente profundo, eu sinto que estou desabando, para dentro de mim mesma, para dentro do cosmo.

Ela se levantou tão bonita e tão feroz, ela se levantou e eu já sabia seu nome. Eu podia a sentir incomodada e eu queria que soubesse que eu tinha tanto medo dela, quanto ela pareceu sentir de mim, mas depois eu soube que só eu estava com medo... E eu a perdi por um só momento, eu a perdi e me vi furiosa.

B. não poderia fazer muito, eu bem sabia, nós podíamos jogar poker, mas talvez soasse estranho demais para duas pessoas tão diferentes. Eu acho que B. sabia disso, enquanto que eu ainda permanecia, para variar, como a confusa da história. E eu penso que preciso parar de ouvir para aprender ver. E eu penso que estou enlouquecendo quando a ouço gritar. E eu estou muito confusa e ela talvez se sinta incompreendida.

A musica é alienígena, mas terrivelmente hipnotizante, é tão profundamente relaxante, é como se estivesse ouvindo o som que criou o universo, parece tão profundo e ao mesmo tempo tão elevado, que quero me deixar ir. Uma coronhada na cabeça e a ordem: “Vamos, acorda!”.

Deixo mais um simples toque, eu me lembro do quadro bonito, que por raiva ou capricho, ou mesmo um cinismo auto-imposto e pouco percebido me fez jogar lençóis sobre ele, ignorando sua existência. Coisas tão difíceis de ouvir, coisas tão amáveis de ouvir. Coisas... E eu penso e no momento seguinte já estou confusa sobre o que estou fazendo...

E então o outro me mostra o quanto todos aqueles meus sonhos estavam certos, e sem que me perceba posso tocar o muro da sua insatisfação, eu posso tocar o muro da sua infelicidade. E sem que eu possa sentir de outro modo, dentro dessa limitação, não estou surpresa de que estava certa e não estou surpresa com o que está acontecendo, porque como nos relacionamentos, esses eventos já estavam acontecendo o tempo todo e ganhou nossa atenção, mas não sei dizer como, eu já os tinha percebido antes, quando as aranhas dançavam em meus sonhos. E eu lamento por não ser tão benigna, mas sinto prazer nisso.

Deliberadamente confuso, deliberadamente verdadeiro, deliberadamente estranho. Quatro histórias, enquanto delírio olha os morangos podres jogados na rua. Quatro seres, embora não sei dizer se isso faz qualquer diferença. Quatro episódios, embora eu não esteja ainda falando da tempestade. Porque é assim que tem de ser.

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